terça-feira, 6 de julho de 2010

Percepção (atençã e reconhecimento dos padrões)

PERCEPÇÃO

Atenção

Atenção é um processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e selecciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário responder a todos. É um processo de extrema importância em determinadas áreas, como na educação, já que se exige, por exemplo, a um aluno que preste atenção às matérias leccionadas pelo professor, ignorando outros estímulos visuais, sonoros ou outros, como o que se está a passar fora da sala de aulas (estando, neste caso, relacionado também com o problema da disciplina). Além da atenção concentrada, em que se selecciona e processa apenas um estímulo, também pode existir atenção dividida, em que são seleccionados e processados diversos estímulos simultaneamente - como quando se conduz um automóvel e se ouvem as notícias do rádio simultaneamente.

Para que a atenção actue são necessários três factores básicos:

  • Factor fisiológico, onde depende de condições neurológicas e também da situação contextual em que o indivíduo se encontra;
  • Factor motivacional: depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse;
  • Concentração: depende do grau de solicitação e actuação do estímulo, levando a uma melhor focalização da fonte de estímulo.

Quanto a fonte de estímulo podemos ter estímulo visual, auditivo e cinestésico.

Anormalidades da Atenção

  • Hipoprosexia: diminuição global da atenção;
  • Aprosexia: total abolição da capacidade de atenção, independente dos estímulos;
  • Hiperprosexia: atenção exagerada com certa tendência;
  • Distracção: sinal de super concentração activa da atenção sobre determinados conteúdos e objectos;
  • Distracção: estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e dificuldade ou incapacidade para se fixar ou se manter em qualquer coisa que implique esforço produtivo;
  • Incapacidade de concentração.

Reconhecimento dos padrões

Reconhecimento de padrões é um sub tópico da aprendizagem de máquina cujo objectivo é classificar informações (padrões) baseado ou em conhecimento *a priori ou em informações/estatísticas extraídas dos padrões.

Um sistema completo de reconhecimento de padrões consiste de um sensor que obtém observações a serem classificadas ou descritas; um mecanismo de extracção de características que computa informações numéricas ou simbólicas das observações; e um esquema de classificação das observações, que depende das características extraídas.

O esquema de classificação é geralmente baseado na disponibilidade de um conjunto de padrões que foram anteriormente classificados, o "conjunto de treinamento"; o resultado do aprendizado é caracterizado como um aprendizado supervisionado. O aprendizado pode também ser não supervisionado, de forma que o sistema não recebe informações a priori dos padrões, estabelecendo então as classes dos padrões através de análise de padrões estatísticos.

*A expressão "a priori" designa um qualificativo do conhecimento: conhecemos algo a priori quando o conhecemos sem necessidade de recorrer à experiência. Pelo contrário, conhecemos algo a posteriori se o conhecemos recorrendo necessariamente à experiência.

domingo, 4 de julho de 2010

Psicologia Cognitiva

PSICOLOGIA COGNITIVA

A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta, é uma área de investigação que cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.

O que é a psicologia?

Psicologia é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que um organismo faz) e os processos mentais (experiências subjectivas inferidas através do comportamento).

O principal foco da psicologia encontra-se no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um papel importante.

Paralela à psicologia científica aqui tratada existe também uma psicologia do senso comum ou quotidiana, que é o sistema de convicções transmitidas culturalmente que cada indivíduo possui a respeito acerca de como as pessoas funcionam, comportam, sentem e pensam. A psicologia usa em parte o mesmo vocabulário, que adquire assim significados diversos de acordo com o contexto em que é usado.

A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos.

Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objectivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objecto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.

  • Comportamento é a actividade observável (de forma interna ou externa) dos organismos na sua busca de adaptação ao meio em que vivem.
  • Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção - ao contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto.
  • Os processos mentais são a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base.

Como toda a ciência, o fim da psicologia é a descrição, a explicação, a previsão e o controle do desenvolvimento do seu objecto de estudo. Como os processos mentais não podem ser observados mas apenas inferidos, tornando-se o comportamento, o alvo principal dessa descrição, explicação e previsão (mesmo as novas técnicas visuais da neurociência que permitem visualizar o funcionamento do cérebro não permitem a visualização dos processos mentais, mas somente de seus correlatos fisiológicos, ou seja, daquilo que acontece no organismo enquanto os processos mentais se desenrolam). Descrever o comportamento de um indivíduo significa, em primeiro lugar, o desenvolvimento de métodos de observação e análise que sejam o mais possível objectivos, e em seguida a utilização desses métodos para o levantamento de dados confiáveis. A observação e a análise do comportamento podem ocorrer em diferentes níveis - desde complexos padrões de comportamento, como a personalidade, até a simples reacção de uma pessoa a um sinal sonoro ou visual. A introspecção é uma forma especial de observação. A partir daquilo que foi observado o psicólogo procura explicar, e esclarecer o comportamento. A psicologia parte do princípio de que o comportamento origina uma série de factores distintos: variáveis orgânicas (disposição genética, metabolismo, etc.), disposicionais (temperamento, inteligência, motivação, etc.) e situacionais (influências do meios ambiente, da cultura, dos grupos de que a pessoa faz parte, etc.). As previsões em psicologia procuram expressar, com base nas explicações disponíveis, a probabilidade com que um determinado tipo de comportamento ocorrerá ou não. Com base na capacidade dessas explicações de prever o comportamento futuro se determina também a sua validade. Controlar o comportamento significa, aqui, a capacidade de influenciá-lo, com base no conhecimento adquirido. Essa é parte mais prática da psicologia, que se expressa, entre outras áreas, na psicoterapia.